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quinta-feira, 9 de maio de 2013

OBRAS DE ARTE ORIGINAIS E FALSAS- Por Romeo Zanchett

Obra Ilustrativa 
Pintura acrílica de Romeo Zanchett 
OBRAS DE ARTE ORIGINAIS E FALSAS
                     Obra original é aquela cuja autenticidade não existe nenhuma dúvida. 
                     Falsos existiram e existirão sempre, pois o valor financeiro de uma obra de arte acompanha a sua qualidade tal como a sombra acompanha o corpo que a projeta. 
                     Dossena, Batianini, Van Meegeren, foram falsários notáveis, quase geniais.  Na atualidade um dos falsários mais famosos é, sem dúvida, Edgar Mrugalla. Ele próprio diz que já perdeu a conta de quantos quadros copiou para seus clientes, mas calcula que foram mais de 3.500 obras. 
                    Muitas pessoas adquirem obras falsas sabendo da sua real condição. Estão apenas querendo ter na parede uma obra supostamente famosa para expor aos amigos. Na verdade eles não tem nenhum interesse ou amor pela arte, mas apenas as usam para provar sua boa condição social e financeira. Muitas vezes, quando esta pessoa morre ou se desfaz de sua obra falsa, ela acaba no mercado. É por existirem pessoas assim que o mercado de falsário é tão lucrativo. 
                   Cálculos  estimativos indicam que cerca de metade das obras de arte negociadas no mundo são falsas. Sempre são de pintores muito valorizados. Numerosos Van Gogh, 70% dos Chagal, 90% dos Dali. Também pintores como Picasso, Rembrandt, Renoir, Gustav Klint, são os preferidos dos falsários de nossos dias. 
                   No Brasil também possuímos os nossos falsários, alguns ocupados em parodiar a produção de grandes artistas modernos e contemporâneos, para os quais sabem que existe mercado. 
                   É preciso ter a noção nítida e precisa do que se entende por falsificador; alguém que, com finalidade dolosa, forja e passa adiante obras de arte. O aluno que, na Academia, executa uma cópia com finalidade de auto-disciplinar-se, evidentemente, não é um falsário, mas um copista. 
                   Os falsos podem ser facilmente desmascarados pelo olho treinado de um especialista e  (sobretudo no caso de pintura antiga) por exames físico-químicos de laboratório como, por exemplo, o de carbono 14. 
                   Original, cópia, réplica, obra de atelier, obra no estilo de um determinado artista, obra da escola de determinado artista são diferentes noções que convém ter presentes na fixação do preço; ao passo que o falso constitui uma violação da lei e anula o seu preço. 
                   No caso particular da gravura, considera-se original aquela produzida por determinado artista e tirada por ele próprio, ou sob seu controle direto. É preciso saber que também existe muitas gravuras falsas no mercado; elas foram produzidas por falsários, sem o controle ou conhecimento do artista. 
Nicéas Romeo Zanchett 

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