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sábado, 9 de agosto de 2014

A ARTE DA COMPOSIÇÃO LITERÁRIA - LONGINO


A ARTE DA COMPOSIÇÃO LITERÁRIA 
                 Mas visto que os sentimentos e a linguagem das composições literárias melhor se explicam pela luz que umas sobre as outras lançam, consideremos agora o que resta dizer com respeito à "Dicção". E neste ponto não se pode, creio, negar que uma escolha judiciosa de termos aptos e magníficos é sobremaneira própria para obter e manter a atenção de uma assembléia. 
                 Porque é disto que os grandes autores tiram com escrupuloso cuidado a grandeza, a beleza, a solenidade, o peso, a energia e a força das suas expressões. Isto veste uma composição literária do mais belo traje, fá-la brilhar como um quadro em toda a alegria da cor, e, numa palavra, anima os nossos pensamentos e dá-lhes uma vida como que vocal. Mas é desnecessário demorarmo-nos neste ponto diante  de pessoa de tanto gosto e experiência. As palavras belas são na verdade a luz especial com que devem brilhar os nossos pensamentos. Mas de modo algum é próprio que em toda a parte sejam túmidos e pareçam grandes. Porque vestir um assunto trivial de expressões grandiosas e grandiloquentes faz o mesmo efeito ridículo que faria a enorme mascara dum ator trágico no rosto pequeno de uma criança. 
                  .... (O princípio desta seção perdeu-se, lamentavelmente)... Neste verso de Anacreonte, os termos são banais, mas há nele uma simplicidade que agrada, porque é natural:  
Nem este Trácio me ralará!
                  E por esta razão me parece aquela celebre expressão de Teopompo, uma das mais significativas que tenho visto conquanto Cecílio nela encontre que censurar: "Felipe, diz ele, costumava engolir injúrias quando as exigências da sua política o tornavam conveniente."
                  Os termos banais são às vezes muito mais expressivos do que poderiam ser os mais escolhidos. Facilmente se compreendem porque tirados da nossa vida quotidiana; e o que nos é mais familiar, mais depressa obtém o nosso assentimento. Portanto, quando um indivíduo, para conseguir os seus fins ambiciosos, suporta injúrias e responde não só pacientemente, mas em aparência mesmo agradavelmente, dizer que ele  engole injúrias é uma das frases mais aptas e expressivas que se podem inventar. O seguinte trecho de Heródoto aproxima-se muito, a meu ver, do efeito do outro: " Cleomenes, sendo tomado de loucura, cortou com uma faca a sua carne em pedaços, até que,tendo retalhado o corpo completamente, morreu."  E, noutro ponto, Pites, tendo ficado no navio, lutou corajosamente, "até que o fizeram em pedaços." Estas expressões são quase banais, mas a sua significação está longe de o ser. 
                 Quanto ao número de metáforas que se deve usar, Cecílio é da opinião daqueles que acham que se não devem usar mais de duas ou tês na expressão do mesmo assunto. Mas nisto também seja Demosthenes o nosso guia; lendo-o, veremos que a ocasião de as empregar é quando as paixões estão tão desencadeadas que avançam como torrente, arrastando toda uma multidão de metáforas. 
                 "Essas almas prostituídas, esses traidores agachados, essas fúrias da República, que se combinaram para ferir e retalhar a sua pátria, que sorveram a sua liberdade em saúdes, primeiro a Felipe e depois a Alexandre, medindo a sua felicidade pela sua gula e pela sua luxúria. Quanto àqueles grandes princípios de honra e àquela máxima de nuca suportar um senhos, que eram para os nossos valorosos maiores a alta ambição da vida e a norma da felicidade - a esses subverteram eles completamente." 
                  Aqui por meio desta abundância de tropos, desencadeia o orador sobre os traidores o fervor da sua indignação. É porém preceito de Aristóteles e de Theofrasto que que as metáforas arrojadas devem ser de ligeiras atenuantes, tais como, se assim posso dizer, e por assim dizer, e se me posso exprimir com esta audácia.  Porque esta desculpa preliminar atenua muito, dizem eles, a violência dos tropos. 
                  Esta regra será boa para uso geral, e por isso a admito; mas continuo a sustentar o que antes disse com respeito a figuras de retórica; que metáforas arrojadas, e essas também em abundância, não são deslocadas numa composição literária nobre, onde constantemente as mitiga e atenua a veemência patética e sublimidade generosa dispersas pela composição  total. Porque, como é de natureza do patético e do sublime, o correr rapidamente, arrastando tudo, exigem que as figuras que os expressãm sejam enérgicas e incisivas, e não dão a um ouvinte o tempo preciso para poder ser crítico da sua multiplicidade, porque diretamente lhe ferem a imaginação e lhe comunicam a veemência e a energia. 
                  Admita-se de momento a possibilidade dum escritor impecável e acabado, e então valerá a pena examinar na generalidade este ponto importante; se, em poesia ou prosa, o que é verdadeiramente grande de mistura com alguns defeitos valerá mais do que o que, nada tenho de extraordinário nos seus melhores trechos, é contudo inteiramente correto e sem defeito? E, mais, se a excelência do bem-escrever consiste o número das suas belezas ou na grandeza dos seus rasgos? 
                   De bom grado admito que os escritores de um gênio alto e dominador nem sempre são puros e corretos, visto que o que é de princípio ao fim acurado e polido deve tender extremamente a ser chão. No sublime, como numa afluência demasiado rica, alguns pormenores menos importantes escaparão inevitavelmente à observação. Mas é quase impossível a um engenho chão o cair em erro, visto que nunca a isso se arrisca, voando alto ou tentando ser sublime, visto que continua sempre no mesmo caminho uniforme e seguro, ao passo que a própria grandeza e arrojo do sublime expõe a quedas súbitas. Nem ignoro ainda outra, a qual sem dúvida objetarão, e é que ao criticar as obras dum autor, sempre notamos as suas imperfeições, de modo que a memória dos seus defeitos perdura no espírito, ao passo que a das suas qualidades depressa se nos esvai.  Quanto a mim, tenho tomado nota de não poucas imperfeições de Homero e de outros dos maiores autores, às quais não posso ser cego; tenho-as, porém, não por defeitos voluntários, mas antes por lapsos causais acontecidos por inadvertência; tais com os que, quando o espírito está entregue a assuntos de natureza elevada, insensivelmente penetram nas composições literárias. E por isto dou como minha opinião final que os rasgos grandes e nobres, conquanto não ostentem uma perfeição igual, devem ainda assim levar a palma, pelo único mérito da sua grandeza intrínseca. 
                   Apolônio, autor da Argonáutica, era um escritor impecável; e ninguém escreveu melhores pastorais do que Theócrito, excetuando algumas composições  em que ele se desviou do seu gênero. Mas apesar disso tudo, preferireis se Apolônio ou Theócrito a ser Homero? O poeta Eratósthenes, cuja Erigona é uma composição completa e mimosa e sem um único defeito, deverá ser considerado superior como poeta a Archiloco, que tem muitas e arrojadas irregularidades, um espírito divino arremessando-se na sua nobre carreira, um espírito que se não dobra às regras nem facilmente se deixa inibir? Na lírica, querereis antes ser Bacchylides do que  Píndaro ou Io de Chios do que o grande Sófocles?  Bacchylides e Io escreveram suave, mimosa e corretamente, nada deixaram que não fosse polido; mas em Píndaro e Sófocles, que levam fogo consigo pela rapidez do seu movimento, esse próprio fogo muitas vezes se lhes apaga, e então caem misevavelmente. Mas tenho a certeza de que não há ninguém de gosto que hesite em preferir o simples Édipo de Sófocles a tudo quanto Io escreveu. 
                  Se as excelências dos autores tem de ser apreciadas pelo seu número, e não pela  sua qualidade ou grandeza,  então Hiperides tem de ser considerado muito superior a Demosthenes. Tem mais harmonia e melhor cadência, um maior número de belezas e estas de um grau quase excepcional.  Parece um campeão que, tendo-se feito senhor dos cinco exercícios, em cada um deles deve ceder a outrem a primazia, mas em todos juntos permanece único e sem rival. Porque Hiperides em tudo, exceto na estrutura das palavras, imitou as qualidades de Demosthenes, juntando-lhe a beleza grandiosa de Lísias. Quando o seu assunto exige simplicidade, o seu estilo é extremamente suave; nem dá expressão a tudo com a mesma ênfase veemente do que Demosthenes. Os seus conceitos são sempre justos e apropriados, temperados por uma doçura deliciosa e suave harmonia de palavras. Os seus ditos de espírito são  inconcebivelmente finos. Provoca o riso com uma arte magistral e é grande a sua destreza na ironia ou no escarno. O seu modo de motejar está longe de ser grosseiro, nem é nunca excessivo como o dos imitadores degenerados da concisão atica; é, pelo contrário, natural e próprio. Que arte não tem em fugir a um argumento! Com que graça ridiculariza, e com que destreza fere em meio de um sorriso! Numa palavra, há uma graciosidade inimitável em tudo o que diz. Nunca ninguém com mais arte comoveu; ninguém houve mais difuso na narrativa; ninguém mais hábil em abandonar e retomar um assunto com tanta facilidade e sutileza. Vê-se isto claramente nas suas pequenas fábulas poéticas de Latona; e, de mais a mais, compôs uma oração fúnebre cuja pompa e ornatos creio que nunca foram nem virão a ser ignorados. 
                    Demosthenes, pelo contrário, não foi bem sucedido na descrição das tendências e caracteres dos homens; a eloquência difusa era-lhe desconhecida; desajeitado na sua apresentação; falho de pompa e de esplendor na sua linguagem; e, numa palavra, deficiente na maioria das qualidades que caracterizam Hiperides. Onde o assunto o obriga a ser alegre ou jocoso, faz rir com efeito, mas é dele. E Quanto mais se esforça por gracejar, mais longe está de o fazer. Se alguma vez tivesse tendado um discurso a favor de uma Frine ou de um Atenógenes, essas tentativas só teriam feito dele um péssimo exemplo para Hiperides. 
                  E, apesar de tudo, a me ver, as numerosas belezas de Hiperides estão longe de ter qualquer grandeza intrínseca. Mostram a sobriedade serena do engenho do autor, mas não tem alma nem para animar nem para entusiasmar uma assembléia. Ninguém que o leia se sente tomado de qualquer emoção extraordinária. Ao passo que Demosthenes, juntando a uma constante grandeza de inspiração e magnificência de frase (as maiores qualidades de um orador) tais rasgos de paixão, tal cópia de palavras, tal rapidez no falar; e, o que constitui o seu gênio especial, tal energia e veemência com os maiores autores não ousaram aspirar a atingir; tendo, repito, em abundância todas estas qualidades divinas (seria pecado chamar-lhe humanas), - excede a todos que o precederam, em belezas que lhe são próprias; e para compensar as deficiências nas qualidades que não tem, vence todos os adversários pela força irresistível e relampaguear deslumbrante da sua eloquência. Porque é mais fácil ver com olhos firmes e não deslumbrados o clarão do relâmpago do que aqueles rasgos ardentes do patético que tão rapidamente se sucedem nas suas orações. 
                   O paralelo entre Platão e os seus adversários deve ser feito de um ponto de vista diferente. Porque Lísias não só lhe é inferior na excelência geral, mas também no número das suas belezas. E, o que é mais, não só fica aquém dele no número das suas belezas, mas excede-o de muito na quantidade dos seus defeitos.   
                  Que devemos nós supor, portanto, que tinham em vista aqueles escritores divinos que tanto se empenharam em levantar as suas composições ao mais alto ponto do sublime, e olharem com desprezo para a correção? Entre outras, aceite-se esta explicação. A natureza nunca tencionou que o homem fosse um animal rastejante e acanhado, mas trouxe-o para a vida e colocou-o no mundo como num teatro apinhado, não para ser um espectador ocioso, mas levado por sede ansiosa de vencer, para lutar ardentemente pela posse da glória. Para este fim lhe pôs ela na alma um amor invencível da grandeza, e um constante rivalizar com o que mais ele parece aproximar-se da divindade. É por isso que todo o universo  não basta para o alcance enorme e especulação penetrante do entendimento humano. Passa os limites do mundo material e gostosamente se lança pelo espaço infinito. Que cada um de vós examine de perto uma vida que em cada cena seja notável pela sua grandeza, beleza, excelência, e breve perceberá os nobres fins para que nascemos. Assim, o impulso natural faz com que admiremos, não o regato pequenino e transparente que nos mata a sede, mas o Nilo, Ister, o Rheno, ou, muito mais ainda, o Oceano. Nunca nos causa surpresa o pobre lume que arde claro e se apaga na nossa lareira, mas assombra-nos os fogos celestes, conquanto muitas vezes os obscureçam as nuvens e os eclipses.  Nem há nada na natureza que mais nos maravilhe do que as fornalhas ardentes do Etna, que vomitam pedras, e às vezes rochedos inteiros, do seu abismo laborante, e espalham rios inteiros de chama líquida e una. E disto podemos concluir que quando é útil e necessário ao homem está ao nível do seu alcance e facilmente se obtêm; mas tudo quanto excede o tamanho vulgar é sempre grandioso e sempre assombra.  
                  Com respeito, portanto, àqueles escritores sublimes cujo voo,  por alto que seja, nunca perde a sua utilidade e vantagem, temos outra consideração a acrescentar. As belezas de ordem inferior mostram que os seus autores são homens, mas o sublime aproxima-se de Deus. O que é correto e impecável apenas escapa à censura, mas o grande e sublime provocam a admiração. Que mais terei para dizer? Um sentimento elevado e sublime naqueles nobres autores compensa amplamente todos os seus defeitos. E o que é mais notável é que se os erros de Homero, Demosthenes, Platão, e outros dos mais célebres autores, se coligissem, nem de longe o seu número se aproximaria daquelas excelências infinitas e inimitáveis que são tão patentes neste heróis da antiguidade. E é por isto que todas as épocas e todas as gerações, imparcialmente tem concedido a estes grandes estes os louro que ainda estão verdes e imarcescíveis nas suas fontes. 
                  Certo escritor objeta neste ponto que um colosso mal esculpido não vale uma  estatueta impecável, por exemplo, o soldado de Policleto; mas mas a resposta a isto é evidente. Nas obras de arte olhamos às proporções exatas; nas da natureza  à grandeza e à magnificência. Ora, a linguagem é um dom que a natureza nos fez. Portanto, assim como a semelhança e a proporção em vista dos originais são precisas nas estátuas, assim na nobre faculdade de falar deve haver qualquer coisa de extraordinário, qualquer coisa de mais que humanamente grande... (O primeiro da seção sobre hipérbole perdeu-se). Esta hipérbole, por exemplo, é extremamente má: " Se não lavares os miolos nas solas dos pés e os pisares." Temos sempre de atender, portanto, a uma consideração: até que ponto pode o pensamento ser levado com propriedade. Porque ir além daquilo que é próprio, muitas vezes estraga a hipérbole; e o que é esticado de mais, relaxa-se e perde o tom; mais, produz por vezes um efeito contrário ao que se queria obter. Assim, Isócrates, infantilmente desejoso de não dizer nada sem exagero, deu em puerilidade vergonhosa.  O fim e objeto do seu Panegirico é provar que os atenienses foram maus uteis à Grécia em geral do que os espartanos; e eis como ele principia: "A  virtude e eficiência da eloquência é tão grande que pode tornar despiciendas as grandes coisas, vestir os assuntos triviais com pompa e ornamento, dar um traje novo ao que é velho e obsoleto e dar a coisas recentes um ar de antiguidade." Quem não perguntará imediatamente: É isso o que ides fazer com respeito aos atenienses e espartanos?  Porque este descabido encomio da eloquência é uma advertência insciente aos ouvintes para que não o escutem ou não lhe deem crédito. 
                  São melhores, em resumo, aqueles hipérboles (como já antes observei das imagens) que não tem a aparência nem o aspecto de hipérboles.  E esta é sempre a natureza daquelas que, no calor de uma paixão, aparecem no meio de um assunto de monta. Assim Thucidides aplicou com destreza um hipérbole aos seus compatriotas que morreram na Sicília. "Os siracusanos, diz ele, desceram sobre eles e trucidaram especialmente os que estavam no rio. A água imediatamente tinta de sangue. Mas estar o rio sujo de lama e sangue não evitou que eles o bebessem ávidamente, nem que mutos deles lutassem desesperadamente para chegarem à água." Uma circunstância tão rara e comovente dá à quelas expressões de beber lama e sangue, e lutar desesperadamente para beber, Um ar de probabilidade. 
                   As hipérboles são, literalmente, impossibilidades, e portanto só podem ser razoáveis ou produtoras de sublimidade onde as circunstâncias admitem o exagero, para que possam sempre parecer importantes e grandiosas.  
                   Heródoto usou uma hipérbole idêntica com referência à queles guerreiros que caíram na Thermópilas: "Neste ponto se defenderam com as armas que lhes restavam, e com unhas e dentes, até ficarem soterrados sob as setas dos bárbaros." 
                 Será impossível, perguntais, que homens se defendam a dente contra a fúria de adversários armados? Será possível que homens possam ser soterrados por setas? Mas, apesar de tudo isto, há no caso uma sombra de probabilidade. Porque não é a circunstância que parece ter sido adaptada à hipérbole, mas a hipérbole parece ser resultado  inevitável da circunstância. Porque a aplicação destas figuras apenas onde o calor da ação ou a impetuosidade da paixão as exige (ponto que nunca deixarei de insistir) bastante atenua a mitiga a audácia de expressões demasiado arrojadas. O mesmo se dá na comédia, onde circunstâncias de todo absurdas e incríveis ficam muito bem, porque estão de acordo com seu fim, que é provocar o riso. Sirva de exemplo este trecho: "Ele possui um bocado de terreno do tamanho de uma carta espartana." Porque o riso é uma paixão que nasce de qualquer  íntimo prazer. 
                   Mas as hipérboles servem geralmente para dois fins: aumentam e diminuem. Levam qualquer coisa além do seu tamanho natural em ambos os casos. E a força de expressão (a outra espécie de hipérbole) aumenta a baixeza de qualquer coisa, ou acentua a trivialidade das coisas triviais. 
BREVE BIOGRAFIA DE "LONGINO". 
               Dionísio Cássio Longino, o primeiro retórico, crítico e expositor de filosofia do seu tempo, e tido por alguns como o melhor crítico da antiguidade, nasceu, provavelmente na Síria, no ano 203 da nossa era. Foi discípulo de Orígenes em Alexandria, e estabeleceu-se em Atenas como professor de literatura e oratória, ganhando uma enorme fama, não só como uma viva enciclopédia, mas também pelas suas faculdades de intuição e de crítica. No fim da vida foi preceptor dos filhos de Zenóbia em Palmira, e o seu principal conselheiro político; derrotada ela por Aureliano, foi condenado à morte com traidor. 
Nicéas Romeo Zanchett 
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