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domingo, 9 de março de 2014

A NATUREZA É A VERDADEIRA MUSA DAS ARTES


A NATUREZA É A VERDADEIRA MUSA DAS ARTES
Por Nicéas Romeo Zanchett 
                   A arte e a natureza são combinações de cores, de linhas, sons e palavras. Ela sempre inspira a arte. Os campos, as matas, as plantas, os rochedos, os animais, o mar, o céu e o próprio homem são musas originais para o artista. 
                   Em toda a obra de arte, a qualidade suprema é o divino natural. Charles Darwin dizia que antes de falar o homem cantou como uma ave.


                   A arte da música traduz as imagens sensíveis de nossa alma. Pela variedade de timbres ela desnuda os nossos sentimentos. 
                   Os ruídos da natureza estão gravados em nossas origens ancestrais e continuam intimamente ligados às nossas fantasias e percepções. 

                   O vento circulando entre as árvores; o som da cachoeira e a permanente inquietude das ondas do mar batendo nas praias, são fontes incessantes para o artista. Os nossos sentidos estão constantemente permutando informações visuais e sonoras com o ambiente onde vivemos. 
                   Todas esses fenômenos naturais são percebidos pela energia cósmica que nos deu vida; é ela que, "através do pensamento" (que é invisível), conecta-se ao cérebro e o faz agir e reagir de acordo com a capacidade intelectual de cada um. A energia vital do artista tem enorme quantidade de conexões com outras energias que circulam pelo cosmos, e é exatamente por isso que recebe informações e as transforma em arte. O artista que nasce sabendo tocar piano, por exemplo, só o faz porque sua energia cósmica está conectada com a "energia cósmica" de alguém que já foi um grande pianista. O pensamento desse artista não tem origem no seu cérebro; ele é um fenômeno invisível que serve para transmitir as informações mandadas pela sua energia e assim, através do cérebro,  ele comanda seu talento para a realização da sua arte.

                  A escultura exprime as formas e faz abstração da cor como qualidade desprezível. Um corpo tem variadas dimensões que projeta em nossos olhos, conforme o ângulo de visão, imagens diferentes. Dessa forma, um olho vê uma imagem diferente da que o outro olho vê. Se fecharmos um olho teremos um formato; invertendo a posição veremos outra imagem. A diferença das duas imagens ou visão binocular nos permite apreciar as perspectivas do objeto e sua extensão em profundeza. 
Escultura de Romeo Zanchett 

                 Já na pitura as imagens se mostram de forma igual para os dois olhos. Assim, a pintura numa tela plana, qualquer que seja o estilo, nos mostra a visão do artista naquele momento que a pintou. 
                 A natureza nos fornece imagens tomadas de vários ângulos, várias distancias e perspectivas. O artista combina-as e expressa em cores a sua visão e sentimentos daquele instante. Portanto, se o mesmo artista pintar a mesma paisagem em momentos diferentes elas serão diferentes, com cores e expressões diversas. 
                  Segundo cálculos de Wallaston, a luz do sol é 800.000 vezes mais intensa que a da lua cheia em noite de céu estrelado.  Estas influências da natureza alteram os nossos sentimentos, ações e formas de expressão. 
                  Se observarmos com acuidade, olhando para o passado, veremos que muitos dos grandes artistas nunca foram compreendidos. É que sua visão de mundo era diferente da visão de outas pessoas. Todo o verdadeiro artista gosta de estar junto à natureza, e o burburinho da cidade lhe incomoda. Mesmo que não possa estar onde deseja, seu pensamento lhe permite viajar no tempo e no espaço como uma águia livre que voa contra o vento. 
Nicéas Romeo Zanchett